quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Endometriose: a vida após o diagnóstico 1

Olá meninos e meninas !

Hoje vou contar a primeira parte da minha trajetória após o diagnóstico da endometriose.


Depois do diagnóstico de endometriose profunda retornei ao médico, não especialista, e ele me sugeriu o uso de um anticoncepcional para bloquear a menstruação. O meu histórico com anticoncepcionais não era bom, mas resolvi tentar e mais uma vez não deu certo, tive todos os efeitos negativos, o pior de todos sem dúvidas foi a depressão, lembrando que cada organismo é diferente.

Após desistir do anticoncepcional na terceira semana de uso, resolvi procurar um especialista na minha cidade e mais uma vez saí sem uma solução. O médico falou que o caso era cirúrgico mas não poderia me operar devido a problemas com o equipamento. Na busca por especialistas fora da minha cidade entrei em contato com alguns mas não atendiam plano de saúde e o valor da consulta era bem elevado.

Nessa época eu estava de passagem marcada para fortaleza e em uma das minhas buscas achei um médico de lá que atendia pelo meu plano de saúde, então surgiu uma esperança em meio de tantas incertezas. Realmente foi a melhor escolha, fui muito bem atendida e tranquilizada em relação a minha situação. O médico me ofereceu duas formas de tratamento, a medicação ou a intervenção cirúrgica e pelo meu histórico com a depressão optamos pela cirurgia.

Enfim, já saí do consultório com a cirurgia marcada e super feliz por ter a chance de recuperar a minha qualidade de vida.

A continuação com detalhes da minha cirurgia vem no próximo post......até logo, beijos


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Endometriose: a descoberta

Olá meninas !

Mesmo com o número alto e crescente de mulheres com endometriose, a doença infelizmente ainda é pouco divulgada. Hoje vou falar da minha trajetória até o diagnóstico.


A minha trajetória com a endometriose começou bem cedo, quando eu tinha doze anos desceu a minha primeira menstruação e sempre tive muita dor. Como muitas das mulheres que tem a doença, desde esse tempo eu escutava que eu era dramática, que  estava querendo matar aula, enfim, toda vez que  menstruava era uma semana faltando e ouvindo coisas que não deveriam ser faladas para uma criança naquele estado.

Com dezessete anos comecei a sentir dores nas costas constantes, mas tomava um remedinho e passava, não dei muita importância,pois achava que era algo relacionado a postura. Alguns meses depois as dores já estavam me levando com certa frequência ao hospital, fiquei um bom tempo indo de médico em médico tentando descobrir o que eu tinha, um deles inclusive chegou a me falar que poderia ser psicológico. Como assim??? quer dizer que uma menina dezoito anos que a essa altura da vida tinha parado de estudar, de fazer as coisas que fazia normalmente e que até andar era uma tarefa difícil não tinha nada?! Mesmo já desanimada fui à luta, em mais uma tentativa, conversei com outro médico e contei a ele tudo o que eu estava passando e que minha mãe também tinha endometriose, foi o primeiro que realmente tentou me ajudar e passou uma ressonância pélvica.

No dia do retorno com o médico peguei o resultado e por mais que eu já imaginasse que tinha a doença, pelo meu histórico familiar, fiquei impactada. O exame confirmou minha endometriose do tipo profunda, na hora fiquei aliviada por ter descoberto e ao mesmo tempo muito triste, pois vi minha mãe sofrer por anos.

Enfim essa foi minha trajetória até o diagnóstico da endo e o conselho que eu dou para as adolescentes, as mães de meninas e para as mulheres que sentem cólicas fortes é que investiguem, não é normal sentir tanta dor, as meninas mais novinhas também podem sentir os impactos da endometriose e não é frescura como eu ouvi durante boa parte da minha vida. Quanto mais cedo é tratada, mais qualidade de vida é possível ter.

Vou continuar contando minha trajetória em outros posts, espero ajudar, beijos.



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